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De segunda à sexta das 7h às 13h - Sessões Plenárias: segundas às 10h

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

A zona onde atualmente se ergue o município de Tupanciretã parece ter sido povoado inicialmente pelos índios charruas e minuanos. Fundadas as Missões, em fins do século XVII, uma fazenda jesuítica foi construída no planalto de Coxilha Grande, onde nascem os cursos de água de Caneleira, Buracos e Ijuizinho. Pertencia à Redução de São João, e possuía uma capela, currais e arvoredos frutíferos. Batidos os estrangeiros na luta pela posse das Missões, depois de 1801 os índios venderam os rincões da fazenda, consumindo seus gado, e retirando-se a seguir. Após alguns anos, ficou baldio esse campo, com apenas o velho rancho que servia de pouso aos raríssimos viajantes provindos de São Martinho. Em 21 de outubro de 1843 foram aquelas terras incorporadas à Fazenda Nacional em virtude de lei.

Surge então o Dr. Hemetério José Veloso da Silveira, para advogar a causa de Alexandre Jacinto da Silva e João Nunes da Silva, que, ocupando a região da antiga fazenda, consideravam-se legítimos proprietários dela, tendo ganho de causa. Assim, temos os dois primeiros ocupantes efetivos de Tupanciretã em Alexandre Jacinto da Silva e João Nunes da Silva. Em 1857 dissolve-se a sociedade entre eles, ficando a estância novamente abandonada, vendida depois aos pedaços pelos herdeiros de João Nunes. Já então a denominação do local era Tupanciretã (Tupã = Deus; SY = mãe; Retã = terra) que significava terra da mãe de Deus, invocação da virgem feita pelos Jesuítas no idioma bárbaro dos índios.

Consta que por volta de 1835 foram morar na região Albino J. Silveira e Ana Silveira, sendo um de seus filhos, Antônio José Silveira, mais tarde o fundador da povoação. Diversas famílias para lá se transladavam, trabalhando e fazendo progredir aquelas plagas.

Em 1865 muitos se retiraram dali para ir combater no Exército Imperial, a tirania de Solano Lopez. A 28 de dezembro de 1894, Antônio José da Silveira mandou efetuar medição de suas propriedades, o que foi feito por Antônio Edler. A intenção do proprietário era amparar a quantos saídos da luta fratricida, procurassem um recanto onde ganhar a própria subsistência. Deram terras de Tupanciretã, sem ônus algum, a quem quisesse edificar, entregando-se ao Conselho Municipal de Vila Rica. Em março de 1895 estava traçada a área do futuro povoado.

Antônio José da Silveira, em 19 de setembro de 1897, doava à Igreja Católica Apostólica Romana a Praça de Frei Galvão, a fim de ser ali erigida uma igreja consagrada à Mãe de Deus. A 29 do mesmo mês, com as soledades de estilo, era lançada a pedra fundamental do templo.

Entre os primeiros habitantes, figuram Felipe Amâncio Licht, João Krebs, José Carlos de Morais, Prudêncio Silveira, Serafim Silveira, Luiz Gonzaga de Azevedo, Augusto Scharleand, Eugênio Veríssimo e muitos outros.

A 17 de agosto de 1903 surgia o primeiro órgão de imprensa: “O Tupanceretan”, dirigido por Vaz Ferreira. A população atingia então 800 pessoas.

A 20 de fevereiro de 1908, instalava-se a charqueada, um estabelecimento exemplar. Em 1913 era fundado, após uma assembleia popular, o primeiro colégio; em 1919, instalava-se a primeira agência bancária; em 1927, era criada a paróquia de Madre de Deus de Tupanciretã; em 1923, criava-se uma coletoria no povoado. Assim ia se desenvolvendo Tupanciretã, na primeira quadra do século. Em 1927, inicia-se a campanha pela emancipação. Era de fato, lamentável sua situação jurídica: a rua principal era divisa de dois municípios; sua arrecadação, investida nas duas sedes, nunca no povoado. Em 1928 a população atingia 3953 habitantes; a receita arrecadada chegava a 100.000.000, a qual ia para Cruz Alta e Júlio de Castilhos. A 21 de dezembro de 1928, sendo Presidente do Estado o Dr. Getúlio Dornelles Vargas, era assinado o decreto que criava o município de Tupanciretã. Foi constituído com o 2º, 3º e 7º distritos de Júlio de Castilhos, o 2º de Cruz Alta e parte do 8º de Santo Ângelo – com um total de 8000 habitantes.

Pelo decreto nº 4201 foi nomeado intendente provisório o coronel Estácio do Nascimento e Silva. A instalação deu-se no clube comercial, a 3 de janeiro de 1929. A 6 de fevereiro de 1929 realizavam-se as primeiras eleições.

Em 1932, ocorrendo o movimento revolucionário, constitucionalista partido de São Paulo, contra o Governo Provisório da República, formou-se em Tupanciretã uma coluna de 800 homens, sob o comando do coronel Marcial Terra, apoiando o movimento insurgente, ocorrendo pouco mais tarde e pacificação. Daí por diante a região não foi mais palco de sucessos militares e pode dedicar-se à construção de um dos rincões mais progressistas e acolhedores do Estado.

Lenda

Segundo Manoelito de Ornellas:

 “A fazenda jesuítica apenas assinalada pela capelinha tosca, já existia no alto de um coxilhão deserto (campina extensa). E as árvores do mato crioulo, à tarde, projetavam-lhe sombra larga das suas ramarias. Ao lado, sob o amparo de uma cruz modesta, mal resistia a fúria das tempestades, um rancho pobre, coberto de palha, que tinha a finalidade amiga de acolher os poucos viandantes (viajantes) que por ali passavam. O local nada mais era do que um Posto de São João. Dentro da capelinha, tão pobre como esquecida, apenas uma imagem tosca enfeitava a tábua erguida como altar. Era uma imagem da Madona dos Céus, da Senhora dos Crentes.

Um dia, em que pelos caminhos maldelineados da serra, passavam um missionário e alguns poucos índios, uma tempestade os colheu nas proximidades do Planalto da Coxilha Grande. A noite chegava, e com ela o pânico e o terror. Quando a desorientação desesperava o padre e os poucos índios companheiros, um relâmpago lhes mostrou na fímbria do horizonte, em plena noite, um vulto mal definido. A silhueta que os relâmpagos mostravam, perto, era a imagem da Madona exposta ao furor da tempestade que arrebatara da capela pequenina a cobertura frágil. 

O sacerdote, cheio de alegria cristã, exclamou: “Tupan-ci”. E os índios aterrorizados, repetiram: “Tupan-ci-retan”, que na língua indígena quer dizer: TUPAN = DEUS, CY= MÃ, RETAN = TERRA, ou seja, “TERRA DA MÃE DE DEUS.”

O Povoamento

O espaço que corresponde ao município de Tupanciretã, inicialmente era povoado pelos índios charruas e minuanos, mais tarde pelos jesuítas da redução da São João Batista, os quais implantaram várias fazendas criadoras de gado, entre elas a de São João Mirim, destinada a pecuária e a de Tupanciretã, à fruticultura.

Com a retirada dos jesuítas após 1801, a fazenda Tupanciretã foi “vendida” pelos índios que retiraram-se de sua área. Com a Lei de 21 de outubro de 1843, as suas terras foram incorporadas aos próprios nacionais. Os que se consideravam proprietários da fazenda não aceitaram tal decisão e para defender seus direitos nomearam o Dr. Hemetério José Veloso da Silveira.

Formação administrativa

O Município de Tupanciretã emancipou-se em 21 de dezembro de 1928 pelo Decreto 4.200 do Presidente do Estado do Rio Grande do Sul. Em 03 de janeiro de 1929 foi instalado o novo Município.

Em 06 de fevereiro do mesmo ano foram realizadas as primeiras eleições para os cargos de Intendente, Vice-Intendente e Conselheiros Municipais, como eram denominados na época os cargos de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores.

Em 04 de março de 1929 foram solenemente empossados o Intendente e os Conselheiros Eleitos. Assumiu a Intendência o Cel. Estácio do Nascimento e Silva, e a Vice-Intendência o Dr. Edmar Kruel. Na oportunidade, pelos sete Conselheiros, foi eleito para Presidência do Conselho Municipal o Sr. José Libindo Vianna.

Com o advento da revolução de 1930, em 27 de outubro de 1930 foram dissolvidos os Conselhos Municipais. ós a redemocratização foram novamente constituídos os Conselhos, agora com a denominação de Câmaras Municipais. 

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